The Mandalorian: Chapter 16, The Rescue

Nada preparou a gente pra esse final de temporada de The Mandalorian. Nenhuma teoria, especulação, vídeo de meia hora no Youtube do canal “sei lá o que nerd”, nada.



Essas oito semanas passaram correndo, e logo chegou o Capítulo 16, apropriadamente chamado “O Resgate”. Como suspeitávamos, o Mandaloriano recorreu à Bo-Katan para salvar Grogu, já que esta estava lhe devendo alguns favores depois da ajuda que ele ofereceu no Capítulo 4, e em troca do resgate da criança, ele a traria Moff Gideon e o Sabre Negro, arma lendária que pertenceu à sua família.

Teve tudo que a gente gosta de ver em episódio de invasão e resgate: uma tensão bem construída, stormtrooper morrendo igual mosca, a ameaça dos death troopers (que tem uma trilha que é quase um dubstep, inclusive, fica aqui a menção honrosa a Ludwig Göransson, que ganhou um Emmy esse ano e espero que continue ganhando), aquele time incrível de mulheres guerreiras espaciais formado por Bo-Katan, Koska Reeves, Fennec Shand e Cara Dune - que eu espero que não volte mais porque a Gina Carano não para de ser sem noção nas redes sociais, apesar da personagem dela ter tudo pra ser icônica.

Um dos destaques não só desse episódio mas também da série toda, pra mim, é a performance de Giancarlo Esposito como Moff Gideon. Ele tem todo aquele ar de vilão frio e calculista (sem meme, rs), que faz tudo de caso pensado e mesmo quando tá perdendo, ele tá ganhando de alguma forma. Mesmo depois de ser rendido e capturado pelo Mando (depois que ele finalmente resgatou o bebê <3), Gideon continua sarcástico e seu plano de causar a discórdia não para.

Como Din o derrotou em batalha - num embate épico entre o Sabre Negro e o cajado de Beskar - ele pegou para si o Sabre, com o intuito de devolver para Bo-Katan. O que ele não sabia, e que foi revelado por Gideon, em um último golpe na herdeira de Mandalore, é que o Sabre pertence a quem derrotou seu antigo dono em combate. Ou seja, o que antes pertenceu ao Moff, agora pertence à Din, não à Bo-Katan - e quem é dono do sabre, é o rei (ou rainha) de direito do planeta Mandalore.

Din tenta entregar o Sabre para Bo-Katan, recusando-o, mas ela sabe que não pode aceitar. Isso nos deixa com várias possibilidades para o futuro da série. Se agora Din é rei por direito de Mandalore, como ele vai lidar com isso? Ele vai aceitar ou vai continuar recusando? e a Bo-Katan, vai deixar barato? Provavelmente não, pois essa tem sido a missão dela há anos, e ela não vai desistir facilmente do legado da família dela.

A discussão que os três têm sobre a sucessão do trono de Mandalore é interrompida por uma nova onda de death troopers (mais uma vez, criando a tensão perfeita pro conflito do episódio), que por sua vez, é interrompida por…

Ninguém mais, ninguém menos que ele mesmo: Luke Skywalker.

Se você me falar que você tava esperando isso acontecer, meu amigo, você tá mentindo. 

Quando primeiro apareceu a X-Wing nas câmeras, eu pensei que fosse algum reforço da Nova República chegando para ajudar a Cara Dune, que agora faz parte dela, ou algo do tipo. Não tinha associado a nave ao seu dono. Agora, quando era claramente um jedi lutando contra os death troopers naqueles corredores, pensei que poderia ser a Ahsoka Tano, retornando para salvar seu novo amigo, Grogu. Mas quando vi o sabre verde, aí não podia mais negar, era certeza que era o Luke… e o surto aconteceu.

Foi igual aquele tweet clássico da Roberta Miranda: não sei o que dizer, só sentir. A hora que ele tirou a capa do rosto e mostrou o rosto, não de outro ator, mas sim do Mark Hamill jovem (graças aquela tecnologia de rejuvenescimento por CGI), foi um dos melhores momentos da ficção desse ano. 

O que fica implícito é que quando Grogu esteve em Tython e alcançou outros jedi pela Força, Luke o atendeu. Dá para perceber que Grogu estava esperando por ele - desde o momento em que a X-Wing aterrissa na nave, ele fica acompanhando Luke pela câmera e aguarda ansioso a chegada dele.

O último momento que temos é a despedida entre Din e Grogu - que a gente sabia que ia acontecer uma hora ou outra, mas foi triste do mesmo jeito. Luke diz à Din que tudo que o bebê precisa é da sua permissão para ir embora, e Din, como todo bom pai, deixa seu filho ir para poder cumprir seu destino. Não sem antes mostrar seu rosto, para atender um último pedido de Grogu.

O Mandaloriano chorou, e a gente chorou com ele.

São só alguns momentos em que vemos o rosto do Pedro Pascal nesse episódio, mas sua atuação jamais deixa a desejar. Ele demonstra muito com o olhar, e é muito emocionante ver a conexão que ele e Grogu têm. 

Não sabemos qual é o destino do nosso tão querido Baby Yoda. Nós sabemos o que acontece com os padawans de Luke, nos é revelado em "Os Últimos Jedi" a história de Ben Solo e como ele destruiu a escola formada por Luke quando estava sob a influência de Palpatine e Snoke - todos os padawans morreram. Seria esse o trágico destino de Grogu também? Ou ele consegue escapar antes e se reúne com Din novamente?

Essa e outras respostas só vamos ter em dezembro de 2021, quando sai a terceira temporada da série. 

A Disney anunciou algumas outras séries que se passam no mesmo universo de Mandaloriano: "The Book of Boba Fett" (que foi mostrada na cena pós créditos desse episódio, com Boba e Fennec em Tatooine, dirigida por Robert Rodriguez), "Ahsoka" e "Rangers of The New Republic". Conteúdo não vai faltar pra gente acompanhar lá na Disney +!

Você já agradeceu Jon Favreau e Dave Filoni por salvar Star Wars hoje? Porque eu já.
Luiza de Toledo

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Luiza de Toledo

23 anos, estudante de letras, professora, pseudo-cinéfila e sommelier de fanfiction.

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