Todo cinéfilo que se preze já viu os filmes de Natal da Netflix, pois eles formam a base mais valiosa do cinema, quiçá do mundo. Eu sou apaixonada por filmes desse gênero, para ser sincera eu só me importo com o final do ano por causa deles e por meio deste venho apresentar algumas das milhares obras natalinas da Netflix.

Herdeira de uma empresa multimilionária, Ellie Langford (Eliza Taylor de "The 100") é uma mulher nova-iorquina com problemas. Vista como festeira pela mídia, ela se torna um perigo para suceder o pai, o CEO da empresa Home and Hearth. O pai e o melhor amigo criaram a empresa de presentes com apenas 100 dólares, apesar de a terem transformado em um império, eles entregam de forma tradicional e sem luxos cartas contando como foi o ano de cada um. Dessa vez para ensinar os valores da vida, Ellie é escalada para entregar a carta, que já virou uma tradição natalina, pessoalmente. 

Seguindo as regras do pai, sem cartões e apenas com os 100 dólares, ela vai disfarçada de Ellie London para a cidade pequena, Snow Falls. Com a ajuda de Jake, o gerente do hotel onde está hospedada, vive uma vida simples onde vê que pequenas ações podem ajudar a vida das pessoas. Sentimentos florescem entre os dois, porém a Ellie é noiva de um burguês idiota que não consegue simpatizar com charme da cidade pequena, trazendo para tela aquele drama de “quem será que eu escolho?”. 

Cartão de Natal é um filme esquecido pelas listas de indicação, por ele não ser o estilo absurdo dos novos filmes da Netflix, ele é mais crível e acerta em cheio nos sentimentos que eu compreendo como natalinos. Eu acho lindo a jornada de detox que filmes estilo “pessoa de cidade grande vai para cidade do interior” trazem para nós. Refletir sobre as nossas prioridades e quem nós queremos ser em um mundo fútil.

A fotógrafa Abby Sutton (Kat Graham de "The Vampire Diaries") está presa em um trabalho que não gosta e as festas de Natal acabam triplicando o seu desanimo, pois terá que tirar milhares de fotos idênticas sem estilo artístico que sonha em fazer. 

Em uma das festas na casa dos seus pais, ela recebe um calendário do Advento do seu avô, um calendário mágico, que vai adivinhando a cada novo presentinho os acontecimentos na vida dela. Por exemplo que o melhor amigo, inspiração para ela entrar na fotografia, iria trazer uma bota de presente para ela. 

O calendário dá uma desestruturada na sua vidinha infeliz e acomodada, ela acaba conhecendo um príncipe encantado que não é tão encantador assim, perde seu emprego e perde seu melhor amigo. Tudo vira uma bagunça, mas com essas novas situações e decepções vai descobrindo que todas essas más experiências a ajudaram a chegar no final perfeito. Feliz com a nova jornada em sua carreira e com seu melhor amigo/amor ao seu lado. 

Ele é um filme bem natalino sem muita história ou trama por trás, exceto o fato do calendário ser mágico, mas ele é interessante o suficiente para uma tarde de sábado ou de Natal para colocar na televisão como um bom plano de fundo. Eu gostei do filme (mas eu sou suspeita para falar porque amo filmes de Natal), então indico para que vocês tirem suas próprias conclusões.

Esse é um dos meus filmes favoritos, apesar das duas sequências serem mais bobas, eu adoro toda ideia de uma jornalista "fracassada" se infiltrar em um castelo para tentar achar o grande "furo jornalístico" e ver que os seus amigos de carreira, a mídia em si, criou histórias fantasiosas sobre o príncipe herdeiro. 

Amber Moore (Rose McIver de "iZombie"), já dentro do castelo e disfarçada como Martha (tutora da pequena princesa) ela passa por várias situações e acaba conhecendo o verdadeiro Richard - ele, por sua vez, se apaixonada pela essência da Amber. Ainda tentando encontrar a verdade sobre o príncipe, encontra algo que pode alterar o curso da sucessão real e um primo da família descobre o segredo e tenta usurpar o trono. 

Com todo clichê que a temática demanda, é um filme adorável e bem construído. Ideal para uma noite chuvosa com um chocolate quente em mãos, principalmente para os que gostam de ficar com o coração quentinho com as interações do casal e a angústia ao desenvolvimento de um amor baseado em uma mentira.

A Princesa e a Plebeia é um filme ruim, mas que a sua "ruindade" misturado com a loucura da temática vira um filme bom. A duquesa de Montenaro, Margareth, tem uma vida fora do comum e deseja viver alguns dias como uma mundana qualquer, ela encontra Stacy (sua doppelganger, sua cópia) que estava no país para um concurso de confeitaria, então, para realizar o desejo da Margareth, as duas decidem trocar de lugar. 

A Vanessa Hudgens é uma atriz mediana (mais para baixo) e toda vez que eu ouço o sotaque dela como membro da realeza fico com vergonha alheia, mas, como tudo nesse filme, me acostumo e acho bonzinho. Ainda de papéis trocados, a duquesa se apaixona pelo melhor amigo da Stacy e o príncipe Belgravia se apaixona pela confeiteira (que está disfarçada como a noiva dele, a duquesa).