Preparei uma listinha com histórias dos mais variados gêneros e pra todos os gostos, todos na faixa de 12-13 episódios até o momento, e estou empolgada pra que vocês possam conhecer esses títulos. Bora conferir?

The Promised Neverland, ou Yakusoku no Neverland, baseado no mangá escrito por Kaiu Shirai e ilustrado por Posuka Demizu, nos conta a história de diversas crianças que vivem no orfanato Grace Field House, onde são cuidados por uma mulher, Isabela, à quem todos chamam de Mama.

Emma, Norman e Ray, os protagonistas, são as crianças mais velhas do grupo, cada um com sua personalidade particular, mas igualmente inteligentes. Nesse ambiente, todas as crianças convivem em paz aguardando o momento em que serão finalmente adotadas por alguma família. Mas o que o trio descobre logo no início da história os faz compreender a verdade terrível que existe além dos limites de Grace Field e até mesmo ao lado delas diariamente, e colocará à prova a coragem e os laços entre essas crianças.

Há alguns meses, quando peguei pra assistir o anime sem saber do que se tratava, foi uma baita surpresa. Logo no primeiro episódio, fiquei verdadeiramente chocada com o que acontecia, e acho que a graça está justamente em ver sem ter ideia do que vai ocorrer. O que posso dizer é que coisas bizarras existem e acontecem com essas crianças, e os mistérios que as rondam trazem diversas perguntas. Além da pegada meio fantasiosa que compõe a realidade dessa história, também tem uma dose de suspense. As cenas daquelas crianças andando por aquele casarão enorme durante a noite com a sensação de que um mal inevitável paira sobre elas, ou que podiam estar sendo observadas, por vezes me deixou tensa!

Mas nada de tão assustador! É uma história super intrigante e, bom, na verdade um tanto cruel pela sensação que, independente do que aconteça, perigos vão estar à espreita. Mas aquele último capítulo que te deixa apreensivo na ponta da cadeira, só traz curiosidade pra saber o que poderá acontecer após a triunfante conclusão. O bom é que o anime vai ganhar uma segunda temporada logo logo, dia 7 de janeiro de 2021! Enquanto isso, vocês podem assistir aos breves 12 episódios da primeira que estão disponíveis na Crunchyroll e na Netflix também.

Do mangá Boku Dake ga Inai Machi, escrito e ilustrado por Kei Sanbe, na história de Erased temos o protagonista Satoru Fujinuma, um rapaz de 29 anos que seria um indivíduo completamente comum se não fosse pelo fato de sofrer episódios de uma experiência que ele denomina como "revivescência", que o permite voltar alguns minutos no tempo para impedir que alguma situação ruim aconteça, em lugares e com pessoas aleatórias.

Normalmente, ele volta somente alguns minutos. Até que, após uma tragédia com alguém muito importante para Fujinuma, o personagem retorna muitos anos no tempo, à sua infância na época do ensino fundamental - e então, ele compreende que lhe foi dada uma oportunidade e uma segunda chance para que, se conseguir salvar vidas perdidas em seu passado, ele possa também salvar a outra vítima do seu presente.

Foi um anime muito interessante, com drama, mistério e uma tensão iminente, já que trata de assuntos como agressão, abusos e assassinatos (nada de maneira muito traumatizante, isso vindo de uma pessoa que se impressiona fácil) enquanto acompanhamos Fujinuma na sua missão pessoal de salvar essas pessoas que tornam-se ainda mais importantes para ele, e encontrar o grande culpado e responsável por uma série de crueldades.

Eu tive minhas desconfianças sobre quem seria o culpado a partir de um momento super aleatório durante a série, e a confirmação veio em um dos episódios mais intensos do anime. Os capítulos finais ainda trazem surpresas surpreendentes mesmo após a revelação da identidade do assassino.

Cells At Work!, ou Hataraku Saibou, estreou em 2018 e foi um anime que peguei pra ver no Netflix descompromissadamente. Vocês já viram alguma série em que células do corpo humano são personificadas e o próprio corpo humano é representado como um mundo com casas, prédios e estações de trabalho?

Do mangá escrito e ilustrado por Akane Shimizu, é essa história que, de maneira divertida e também super informativa, nos mostra diversas aventuras e dramas pelos quais as células humanas passam diariamente, com bactérias e vírus invadindo cortes, causando doenças, a ocorrência de alergias e até casos mais graves, como o surgimento de células cancerígenas ou uma hemorragia quase fatal. E isso não é spoiler, não se preocupem - o próprio nome dos episódios anuncia qual será o novo problema a ser solucionado.

Não vemos de quem é esse organismo (que é um corpo muito azarado, convenhamos), somente o "mundo" destas células, em que cada uma tem suas particularidades e aparência que as caracterizam, e até traços humanizados pra lhes dar personalidades um pouco variadas.

A série é protagonizada por um Glóbulo Vermelho com traços de uma jovem menina que é um tanto atrapalhada no seu dia-a-dia de transportar gases pelo organismo, mas diversas outras células têm seu momento de destaque: os Glóbulos Brancos (que têm diversos tipos, como Neutrófilos, Macrófagos, Células T Citotóxicas e entre outros!) - que são super sanguinários, sempre com a instintiva missão de proteger o corpo humano -, as Plaquetas - representadas por crianças absurdamente kawaii, responsáveis pela cicatrização de ferimentos e reparação de áreas danificadas - e entre muitas outras células que trabalham constantemente para manter o corpo humano funcional e em harmonia.

É meio doido e absurdo, mas achei que foi um anime inusitadamente divertido (e que até traz um olhar mais cuidadoso com o nosso corpo, principalmente quando você se imagina passando pelas situações mais tensas exibidas em alguns episódios). Além de, com certeza, ser educativo de um jeito mais atrativo. Pena que eu já me esqueci de todas as informações que vi, mesmo tendo assistido a primeira temporada duas vezes! Por isso biologia nunca foi meu forte...

Cells At Work tem 13 episódios rapidinhos disponíveis no Crunchyroll e na Netflix, e vai ganhar uma nova temporada no ano que vem, onde vamos ver o mundo querido dessas células passar por muitas outras situações engraçadas e perigosas.

Violet Evergarden, baseado na light novel criada por Kana Akatsuki e ilustrada por Akiko Takase, conta a história dessa jovem que foi criada e treinada como uma arma humana de guerra. Tratada para servir somente à esse propósito, sem família e o conhecimento da compaixão, Violet só obtém gentileza de uma pessoa - o seu superior, Major Gilbert Bougainvillea. E após o fim da guerra, à qual sobreviveu, Violet se vê sozinha em um mundo que não mais precisa de suas habilidades letais, e parte em uma busca para entender quem ela é, o que pode fazer e o que significa um sentimento que ela não compreende: o amor.

Após um tempo, Violet encontra uma nova ocupação como Autômata de Automemórias, na qual trabalha redigindo cartas para diferentes clientes que desejam escrever à alguém que lhes é importante. E com isso, Violet vai aprendendo a não simplesmente escrever palavras em um papel, mas a decifrar e transmitir sentimentos por meio delas, e embarca em uma jornada emocionante de autoconhecimento e compreensão das emoções humanas. A cada episódio, ao ter um novo trabalho e conhecer uma nova história, novas pessoas e suas relações, Violet inevitavelmente se envolve e reencontra-se aos poucos com sua própria humanidade, livrando-se das amarras que a guerra deixou em sua memória, seu coração e seu comportamento.

Esse foi um anime incrível de assistir, com uma sensibilidade tão grande que foi impossível não se emocionar um pouco em todos os seus 12 episódios. Recomendo muito pra quem quer assistir essa história que tem momentos leves, momentos pesados, e é de encher o coração!

O anime está disponível pra assistir na Netflix e, além dos 12 episódios, tem um capítulo extra chamado "Violet Evergarden Special". Também está disponível o "Violet Evergarden Gaiden - Eternidade e a Boneca de Automemória", que é como um episódio grande no formato de um longa.

Aqui temos uma comédia romântica nada convencional que achei muito divertida e é ótima pra se distrair. Nesta série, Kaguya Shinomiya e Miyuki Shirogane são, respectivamente, vice-diretora e diretor do conselho estudantil de uma escola de prestígio chamada Academia Shuchiin. E apesar de se recusarem a demonstrar, nossos dois protagonistas são atraídos um pelo outro - e em hipótese alguma admitem isso em voz alta.

Então, em um batalha mental constante, minuciosamente planejada e muito doida - como uma grande guerra de amor! -, Shirogane e Shinomiya diariamente tentam forçar meios de fazer um ao outro confessar que se gostam, com nenhum dos dois tendo sucesso pra vencer tamanho orgulho, e é isso que gera tantas situações absurdas e engraçadas - e também alguns momentos fofinhos que não são deixados de fora. Além dos principais que são divertidos por si só, ainda temos alguns outros personagens que não ficam para trás, como Chika Fujiwara e Yu Ishigami, que também têm suas funções no conselho estudantil e muitas vezes se encontram no meio dessa batalha silenciosa, ainda que sejam muito alheios à tudo e engraçados (e às vezes sem noção) à sua própria maneira. 

Kaguya-sama: Love is War, do mangá Kaguya-sama wa Kokurasetai: Tensai-tachi no Renai Zunousen ("Kaguya quer ser confessada: A guerra dos gênios de amor e cérebros") de Aka Akasaka, tem a primeira temporada disponível no Crunchyroll, com 12 episódios. O anime já tem uma segunda temporada, mas que ainda não está disponível na plataforma, e por isso ainda estou (preguiçosamente) aguardando que cheguem ao site pra poder assistir aos novos episódios desse romance incrivelmente embaçado, mas bem bonitinho!

The God of High School é uma das primeiras séries originais da Crunchyroll, baseado em um mangá sul-coreano escrito e ilustrado por Yongje Park, e é uma mistura doida e interessante de lutas marciais com fantasia e poderes provenientes de deuses. Em Seoul, na Coreia do Sul, vai ocorrer o torneio The God of High School, onde também está ocorrendo em outras cidades do país, para selecionar bons lutadores colegias que irão competir no torneio nacional e que vai definir quem é o melhor lutador do país.

Aqui o protagonista Jin Mori e seus dois novíssimos amigos, Han Daewi e Yoo Mira, cada um com seu estilo particular de luta, enfretam oponentes que também possuem as mais diversas habilidades - por vezes muito perigosas. No universo da história, seres humanos têm a possibilidade de pegar emprestado o poder de algum Deus para aprimorar seu próprio estilo de luta. E nesse meio tempo, conhecemos outros lutadores problemáticos e nada amigáveis (ou seja, bem escrotos mesmo) e uma organização bizarra com intenções destrutivas que podem não só acabar com o torneio, mas também com a sociedade inteira.

Com animações e sequências de lutas muito incríveis de se assistir, os 13 episódios da série estão disponíveis na Crunchyroll. The God of High School foi uma experiência meio engraçada e maluca, por vezes com acontecimentos que me deixavam com a impressão de estar recebendo uma sobrecarga de informações, já que o anime tem um ritmo ágil e não se tratam somente de simples lutas, mostrando a existência de forças superiores extraordinárias que ainda nos deixa com perguntas a serem respondidas nessa primeira temporada. Resta aguardar agora a confirmação de uma segunda!