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5 filmes natalinos água com açúcar da netflix

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The Mandalorian - 2ª temporada

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6 animes curtinhos e incríveis pra você assistir

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Já faz um tempo que ando mais investida em animações japonesas do que em qualquer live action e isso já nem é mais segredo. E recentemente, por recomendação, assisti um longa no qual sempre batia o olho no catálogo da Netflix: A Garota que Conquistou o Tempo.

Imagem promocional do filme  A Garota que Conquistou o Tempo

A trama nos apresenta Makoto Kono, uma adolescente comum em seus dias de colegial na companhia de seus dois amigos mais próximos: Chiaki e Kousuke. Makoto, como ela mesma se descreve no início da história, é alguém que não é exatamente azarada, nem muito inteligente e nem burra, que não costuma passar por situações que possam ser embaraçosas e risíveis - até certa manhã que, após acordar atrasada para suas aulas, sai de casa para um dia especialmente desastroso, contradizendo todas as suas palavras. E em um de seus muitos momentos estabanados, ela acidentalmente cai sobre um pequeno objeto misterioso que, pouco tempo depois, descobrimos que lhe conferiu o poder de voltar no tempo sempre que simplesmente desse um salto no ar - saltando no tempo, literalmente.

Apesar do susto inicial, Makoto logo se vê totalmente deslumbrada com essa nova habilidade, já que lhe permite escapar e (tentar) corrigir muitas situações que gostaria que tivessem sido diferentes - como não causar um incêndio em uma aula de culinária, poder saborear um doce que, em outro momento, sua irmã tinha comido, ou saber antecipadamente as respostas de uma prova em que antes havia se dado mal. Coisas que qualquer outro adolescente com esse mesmo nível de preocupações faria, até mesmo eu ou você, provavelmente.

E entre diversos momentos em que Makoto pode voltar e alterar da maneira que lhe for mais conveniente, é em sua obsessão em ajeitar sua própria realidade e a despreocupação com a de outras pessoas que mora o problema. Observamos as consequências do que certas interferências causaram a outros personagens, tanto as positivas quanto as negativas que, em sua inocência, Makoto nunca poderia imaginar acontecer. Mas a maneira como o filme ganha um tom ligeiramente dramático não o faz perder sua leveza.

Brincar com os sentimentos dos outros com sua habilidade é algo que Makoto afirma que jamais faria. Em uma conversa com sua tia, no entanto, a quem confidencia sua descoberta e aventuras com os saltos, ela faz Makoto refletir: "É cruel para você? Não é o que vem fazendo ao voltar no tempo?" e Makoto lhe questiona de volta, com uma expressão preocupada: "É assim que você vê?".

Personagens Makoto, Chiaki e Sousuke do filme A Garota que Conquistou o Tempo

De maneira ingênua, por mais que não tivesse se atentado - e que pra nós parece óbvio, mas pra ela não era -, Makoto direta ou indiretamente mudou o curso de acontecimentos na vida de seus amigos e de outras pessoas, e seu senso de responsabilidade e maturidade serão colocados à prova durante a história para impedir que problemas ainda maiores - e até mesmo fatais - possam acontecer. Além de estar se privando de toda a espontaneidade e surpresas, sejam boas ou ruins, do viver a vida, e perdendo oportunidades que talvez pudessem ser bacanas pra ela (como a possibilidade de um namoro ou coisas assim).

Gente, às vezes não precisa de muito pra me fazer aceitar a ideia de um casal. Me dá alguns segundos de um olhar sugestivo ou uma frase que entregue que fulano gosta de cicrano que eu já estou shippando. E não foi muito diferente nesse caso, por mais que eu tenha tido uma impressão meio engraçada, porque como os personagens estavam sendo retratados puramente como grandes amigos, eu sinceramente achei que não haveria romance que não fosse super secundário. Mas é um filme com adolescentes, acho que era meio inevitável e previsível, e como falei, no fim das contas fui convencida e [leve spoiler] ainda finalizei o filme com a frustração de não ter visto um mísero beijo!

Também temos uma reviravolta envolvendo Chiaki, e essa sim é um tanto surpreendente e vai de cada um comprar a ideia, já que o olhar que temos sobre o personagem e seu propósito na história muda drasticamente. As viagens da trama, com o perdão do trocadilho, parecem ter ido um pouquinho longe demais, além do personagem ter envolvimento com um quadro que me pareceu super aleatório durante todo o filme... Quem assistir ou assistiu, deve entender. Mas de qualquer maneira, apesar de ter estranhado um pouco, não acho que a história seja completamente perdida só por conta disso.

A Garota que Conquistou o Tempo não foi um filme que chegou ao ponto de virar um dos meus preferidos e que eu assistiria novamente com facilidade - achei um tanto ok. Mas também não considero tempo desperdiçado, foi um filme leve e tranquilo de se assistir em um fim de tarde de domingo, e já super me acostumei a apreciar esse tipo de história que mistura as realidades mais simples e rotineiras com um toque de fantasia e surrealismo (o que me remeteu total aos queridos filmes do Estúdio Ghibli). A quem se interessar por esse tipo de história, fica uma ideia de recomendação pra vocês também verem o que acham dessa trama.
 “Mas o que é o luto, se não o amor que perdura?”

No oitavo e penúltimo episódio de Wandavision, fazemos uma viagem pelos “capítulos anteriores” tanto da série, quanto da vida de Wanda Maximoff - um pulinho no passado para que possamos compreender mais o presente. Spoilers abaixo!

No universo mainstream dos super-heróis, raramente se discute o luto e a perda. A temática da morte está sempre rondando essas narrativas - vemos quase todos os heróis perder alguém que amam, e até uns aos outros - mas é difícil vermos-os lidar com esse tipo de trauma de forma aprofundada, mesmo que alguns desses personagens sejam pessoas que tiveram a vida marcada por perdas dolorosas, como foi a de Wanda até aqui.

Como ela era uma personagem secundária, não sabíamos quase nenhum detalhe sobre a sua vida, tanto antes quanto depois de sua aliança com Ultron e consequente entrada nos Vingadores. Agora, no episódio 8 de Wandavision, Agnes leva Wanda por uma “viagem astral” através dos eventos traumáticos de sua vida para forçá-la a descobrir como ela criou o Hex - pois a própria Wanda já admitiu várias vezes não se lembrar como - e com isso, descobrimos muito mais coisas.

A cena em que vemos a infância dos irmãos Maximoff na Sokovia é de uma sensibilidade incrível. Ela, seus pais e o irmão se reuniam para assistir sitcoms americanos e treinar o inglês, imagino que para sair da Sokovia eventualmente, e essa é uma memória muito querida para Wanda, provavelmente uma das poucas memórias boas de sua vida. Revivemos a noite em que a bomba (das indústrias Stark) atinge o apartamento da família e mata seus pais, deixando Wanda e Pietro órfãos. 

Os dois falam sobre esse dia em Era de Ultron, mas agora que vemos como tudo aconteceu, é bem mais pesado. A família estava assistindo o Dick Van Dyke Show quando a bomba atingiu, e Wanda e Pietro ficam soterrados debaixo de escombros enquanto a televisão continua passando o programa, num misto bizarro de explosões e risadas de auditório. Eles ficaram ali por dois dias até o resgate chegar.

Entende-se que a ideia de vida, e de família, perfeita que Wanda tem vem desses sitcoms que ela assistia quando criança - Dick Van Dyke Show, A Feiticeira, The Brady Bunch, Malcolm In The Middle… onde nada de ruim acontece, e se acontece, tudo acaba bem no final do episódio. Ninguém morre, ninguém vai embora, e todos são devidamente felizes em suas vidas roteirizadas. Os sitcoms se tornaram um mecanismo de enfrentamento para Wanda, um refúgio para quando a vida fica muito difícil para encarar de frente - assim como todos nós temos aquele filme ou série que nos acalenta, Wanda tem os sitcoms, e inconscientemente isso se tornou sua inspiração para o Hex.

Vemos isso também quando Wanda vai viver no complexo dos Vingadores, após a morte de Pietro. Sozinha e em luto, ela passa a maior parte do tempo em seu quarto, assistindo à tv - e é quando ela se aproxima de Visão, que a ajuda a superar a morte do irmão. É a cena mais bonita do episódio e que traz a fala que define melhor a série: “O que é o luto, senão o amor que perdura?”. O amor de Wanda pelos pais, pelo irmão, pelo marido… é isso que a move, e a perda deles é o que a levou à ruína.

Foi o amor do irmão que a ajudou superar a morte dos pais, e o amor de Visão que a ajudou seguir em frente e começar uma nova vida, cercada por desconhecidos, em um país estrangeiro. Quando ela não tinha mais ele, ela não tinha mais nada. Era esse o sentimento de “vazio” que ela sentiu após não poder dar nem um funeral digno para o Visão, que foi desmontado e tratado apenas como uma arma, um instrumento, pela S.W.O.R.D - pelo diretor Hayward, que mentiu sobre o paradeiro do corpo do sintozóide.

A parte mais triste disso tudo é quando descobrimos que os dois iriam morar juntos, haviam comprado um terreno em… Westview, Nova Jérsei. Wanda não tinha mais um lar - o que ela tinha havia ficado lá longe, em Sokovia, e sua chance de ter um novo lar foi-lhe ceifada após a morte de Visão nas mãos de Thanos. É de cortar o coração ver que a história de Wanda Maximoff não teve um final feliz, como a de tantos outros após o Blip. Ela foi a única que não tinha mais ninguém, e sozinha, viu-se enlouquecer pelo luto.

Agatha Harkness revela, ao fim do episódio, que a fonte do poder de Wanda é a magia do caos, que ela é uma Feiticeira Escarlate. Ainda não sabemos o que isso significa no MCU, mas sabemos que é um sinal de grande poder, e é o que Agatha procura. Sabemos agora que a bruxa está em busca de mais poder desde Salem, no século XVII, onde matou todo o seu Coven, incluindo sua mãe, e absorveu os poderes de todas aquelas bruxas. Agora, ela quer o poder de Wanda. Para isso, sequestrou seus filhos, e agora vai usá-los contra ela.

O último episódio, que vai ao ar amanhã, dia 5 de março, promete ser incrível - mas não vamos criar grandes expectativas e teorias malucas, já que tem muita coisa a ser resolvida em pouco tempo - incluindo o novo Visão, em sua versão all-white, criação da S.W.O.R.D, que apareceu na cena do meio dos créditos. Teremos um embate entre Visões? Rinha de andróides? Rinha de bruxas? Mais revelações? Doutor Estranho? E o Mefisto, era fake news? Cadê o Falso Pietro, e a Monica? A Darcy ainda tá presa no trânsito?

Tá vendo… baixas expectativas, hein.

“Quebrando a Quarta Parede”, o sétimo episódio de Wandavision, deixou um pouquinho a desejar, mas em compensação pelo ritmo lento e curta duração, nos fez, talvez, a grande revelação da série… era ela esse tempo todo 😱 Spoilers abaixo!

Confesso que esperava mais do episódio inspirado por Modern Family - uma série que gosto muito, tanto que ainda nem tive coragem de assistir a última temporada. Não que este episódio tenha sido ruim, teve muitos pontos positivos, mas acho que o potencial dramático ou até mesmo cômico foi um pouco desperdiçado. 

Depois de abusar de seu poder e aumentar o perímetro do Hex em Westville (e transformar a S.W.O.R.D num circo rs, nunca vou superar esse deboche), Wanda perdeu o controle da vida dela. A sequência de início do episódio em que a Wanda é acordada pelos filhos e finge que ainda está dormindo, depois percebe que dormiu com a roupa da noite passada e automaticamente se arrepende de todas suas escolhas é muito boa, super engraçada e #relatable - a ressaca moral é a pior ressaca de todas, até pra uma super-heroína. 

Enquanto Wanda tenta lidar com a bagunça que a sua vida se tornou - ela que antes tinha absoluto controle de tudo (ou pelo menos tínhamos essa impressão) - os gêmeos ficam sob os cuidados de Agnes e Visão tenta voltar para casa com a ajuda de Darcy. Achei que o potencial de explorar essa parte da S.W.O.R.D que se tornou o circo por meio da Darcy e do Visão foi totalmente jogado fora, a participação dos dois estava reduzida, mas acabou sendo bem engraçada devido à atuação de Paul Bettany e Kat Dennings - mas ainda não descarto a chance disso ser mais bem explorado no próximo episódio.

A parte mais legal do sétimo episódio é o formato de sitcom moderno, com os monólogos falados para a câmera (que são super bem feitos) e as quebradas da quarta parede (que deram nome ao episódio) que dão o tom cômico à história. Os descontroles de Wanda, a impaciência de Visão, a confusão de Darcy, tudo isso combinou muito bem com o formato.

Outra parte legal foi a descoberta dos novos poderes da Monica Rambeau, que além de estar se tornando a Fóton (heroína famosa nos quadrinhos, que também já foi Capitã Marvel), foi peitar a Wanda dentro do Hex - rainha, sem defeitos - mas ainda não conseguiu confrontar a Feiticeira Escarlate para tentar salvá-la dela mesma… e de uma certa outra bruxa que todo mundo já sabia que era suspeita mas não ainda não tínhamos confirmação, até agora.

Nos últimos momentos do episódio, após impedir Monica de argumentar com Wanda, apelando para a sua humanidade, para salvar a cidade, Agnes leva Wanda para sua casa - onde ainda não estivemos antes - com a desculpa de ampará-la. Porém, Wanda percebe que seus filhos que antes estavam lá, não estão mais - os meninos sumiram, e ela cai em uma armadilha no sótão. Então, temos a revelação que estávamos esperando até antes da estréia da série: Agnes, a simpática vizinha, interpretada pela icônica Kathryn Hahn, é na verdade Agatha Harkness, a bruxa que, nos quadrinhos, foi mentora de Wanda Maximoff e tem uma relação de amor e ódio com a feiticeira. 

Com uma música super cativante, descobrimos que era ela que estava por trás de tudo: o falso Pietro? Ela que fez. A morte do cachorro Sparky? Ela também. Talvez os gêmeos também sejam obra dela, e que seu objetivo era sequestrar as crianças desde o início. Especula-se também que ainda haja alguém por trás de Agatha (Mephisto? Cadê você, meu filho? Apareça!), ou que ela não seja a única vilã. Acredito que ela pode ser a grande vilã mesmo, já que só temos mais dois episódios pela frente e bastante coisa para se resolver. 

Meu único desejo pra essa semana é que o episódio seja um pouco mais longo, e que finalmente a série se encaminhe pra um final coeso - porque não dá mais pra especular nada, o que a gente esperava já aconteceu, agora é só se preparar para o que a gente não espera. 

Recentemente peguei pra assistir o premiado Entre Facas e Segredos (Knives Out) por recomendação, e é claro que eu viria falar sobre ele aqui em mais uma (tentativa de) resenha/indicação pra vocês, ainda mais por eu ter curtido bastante o filme e a experiência :D


O filme logo de primeira nos mostra uma tragédia: Harlan Thrombey (Christopher Plummer), um famoso escritor de histórias policiais, é encontrado morto em seus aposentos após seu aniversário de 85 anos, com indícios claros de que cometera suicídio. Após o ocorrido, é claro, investigações são realizadas, ainda que não sejam mostradas na tela, já que temos um pequeno vislumbre da vida de outra personagem que será de extrema relevância pra história: a jovem Marta (Ana de Armas), que é enfermeira e contratada pela família Thrombey para dar cuidados médicos a Harlan, além de ter se tornado uma amiga e confidente que lhe fazia companhia regularmente em seu casarão.

Claramente abalada pela morte de Harlan, Marta é convidada a voltar à residência da família quando a polícia decide recolher um novo depoimento de todos que conviviam com a vítima, porque dessa vez a suspeita é outra: juntamente do renomado detetive particular Benoit Blanc (Daniel Craig), que foi misteriosamente contratado por alguém que tanto o espectador quanto o próprio personagem desconhecem, agora as autoridades passam a investigar a suspeita de um homicídio.

E é claro que, através de perguntas certeiras e um olhar afiado, Blanc vai analisando minuciosamente cada membro da família, e nesse meio tempo temos a oportunidade de conhecer um pouco cada um desses personagens, e é onde também nos são reveladas informações um tanto comprometedoras sobre alguns destes. Há uma estranheza no ar, e nem tudo parece o que realmente é. E nesse clima de mistério tão característico e interessante de histórias de investigação, como um jogo Detetive da vida real que propositalmente instiga a curiosidade e a imaginação, vamos nos embrenhando mais na história e conhecendo alguns segredos e problemas dessa família cheia de conflitos, enquanto nos perguntamos qual daquelas pessoas e suas motivações teriam sido suficientemente fortes para fazê-la cometer tal ato.



As respostas não se demoram a chegar e logo somos apresentados a uma primeira reviravolta um tanto infeliz e inesperada envolvendo Marta, que é a personagem com a qual mais conseguimos simpatizar no meio de outras personalidades dos mais questionáveis tipos - e que, na verdade, são totalmente humanos -, demonstrando o lado egoísta de uma família que quase que desesperadamente depende da fortuna e das conquistas profissionais do falecido patriarca, onde ninguém parece ter necessitado do esforço de conquistar algo por conta própria.

Apesar de já ter revelações surpreendentes ainda durante o meio do filme, onde havia muito chão pra história caminhar, o interessante é que elas não param por aí, e até o último instante a trama se desenrola e traz novas surpresas até sua resolução definitiva, onde finalmente conhecemos a pessoa por trás de todos os planos ardilosos e cruéis expostos na história.

Confesso que a primeira suspeita, vamos chamar assim, de como o assassinato ocorreu (quem ver irá entender) foi até um pouco mais surpreendente que a final pra mim. Mas ainda assim foi uma sequência bacana de se assistir, o fatídico momento onde presenciamos a triunfante verdade vindo à tona e tudo ser resolvido com um leve toque de humor e absurdo que esteve presente durante o filme em diversos momentos.

Com um elenco de super peso e uma maneira divertida e provocativa de misturar o mistério clássico das "histórias de detetive", impossíveis de não remeter aos famosos autores do gênero, como Agatha Christe e Arthur Conan Doyle, e críticas pertinentes sobre assuntos sempre atuais, como imigração e meritocracia.

Revelar qualquer novo detalhe seria estragar a experiência de assistir ao longa! Eu redescobri meu gosto por histórias desse tipo, não me lembrava como podia ser bacana ver um bom filme de mistério e investigação, e Entre Facas e Segredos é uma boa pedida pra quem curte o gênero. Foi divertido, leve e instigante. Fica a dica!

“Em um episódio muito especial…” abriram-se as portas da reviravolta em Wandavision, mas em “Um halloween assustadoramente inédito” elas foram escancaradas, e as coisas ficam cada vez mais tensas na fanfic mais adorada do MCU. Dois episódios, um post, e muitos spoilers abaixo!

A coisa que eu mais gostei nesses últimos episódios é que, passando do meio da temporada, Wandavision abraçou de vez o “surrealismo” que nos faz tão fascinados com a história e a estética da série. O clima bizarro em Westview agora não se dá só por conta dos poderes de Wanda, mas também da participação dos vizinhos, que parecem estar cada vez mais conscientes do seu papel ali dentro, realmente agindo como atores dirigidos pela Wanda, perguntando-a em todas as suas interações se o que eles estão fazendo está de acordo com a vontade da Feiticeira, ou se ela quer que eles mudem ou comecem a interação novamente, como se ela fosse a diretora de um filme ou de um programa de televisão. Wanda parece incomodada e desconfortável com isso, mas não o suficiente para mudar a situação da cidade.

O que realmente a incomoda é a crescente tomada de consciência do Visão, que depois do final do episódio 3, percebe que há algo de errado com a cidade em que vivem, e que tudo ali remonta à sua esposa. No episódio 5, ambientado nos anos 80, inspirado pelo sitcom Full House, enquanto os gêmeos crescem, Visão confronta Wanda diversas vezes sobre a situação em que estão vivendo. Ele até aponta que, quando as coisas não vão de acordo com o que ela quer, eles vão dormir e quando acordam, já está tudo mudado.

Nossa fanfiqueira não muda de ideia, nem quando o S.W.O.R.D resolve interferir. No ápice do episódio, o trio de agentes (Jimmy, Monica e Darcy) tentam convencer o diretor Hayward de que Wanda não é uma grande ameaça e que não deveria tentar machucá-la, mas têm êxito, causando um confronto direto entre Wanda. Pela primeira vez na série, ela sai do domo, virada no ódio, com seu uniforme vermelho e tudo, e pede, educadamente, para que a S.W.O.R.D pare de interferir no “seu lar” - e que da próxima vez ela não vai ser tão boazinha.

Quando parece que está tudo bem, e Wanda e Visão quase chegam em um consenso, há batidas na porta do lar dos Visão-Maximoff… e lá está, o irmão gêmeo perdido de Wanda, Pietro. Mas ele não é o Pietro que lembramos de Era de Ultron, e Wanda sabe disso.

Um dos pontos principais do episódio 5 é sobre como não se pode reverter a morte, mesmo que ela seja dolorosa. Vemos isso no discurso que Wanda dá aos seus filhos quando os mesmos a pedem para reviver seu cachorrinho, Sparky, que tinha acabado de morrer. A questão é que Wanda está sendo hipócrita, pois trouxe de volta à vida Visão, e talvez seu irmão também. Não sabemos ao certo, pois quando Pietro aparece, ela mesmo confessa não ter feito aquilo, e no momento, não tinha porque mentir para o Visão.

Evan Peters é quem dá vida a Pietro Maximoff, o Mercúrio, no episódio 6, quando entramos na estética dos anos 90 - e não é a primeira vez que ele interpreta o personagem. Na falecida (e flopada) franquia X-Men da Fox, o ator também interpreta o Mercúrio, onde é chamado de Peter. Pra mim ele é uma das melhores partes daqueles filmes, o personagem mais icônico, que nos trouxe o meme do “ao som de Sweet Dreams”, derivado da cena em que ele salva toda a Mansão Xavier, em câmera lenta, ao som do sucesso do Eurythmics, em X-Men Apocalypse. A escolha foi deliberada pela Disney, e pode significar muitas coisas.

A primeira delas é que talvez seja apenas uma forma de fazer crossover como easter egg para o público, sem muitas consequências reais para a trama e para o universo cinemático da Marvel. Ou talvez, em uma segunda análise, seja o início da trama do Multiverso, onde os personagens de outros universos (como o da Fox, que foi comprada pela Disney) sejam incorporados no MCU - e Peter seria o primeiro deles, trazido pelos poderes de alteração da realidade de Wanda. A terceira seria que a escolha de Evan Peters seria proposital para causar confusão e familiaridade ao mesmo tempo para público, e que sua aparição tenha algo mais sinistro por trás. Muitos teorizam que Peters seja, na verdade, o Mephisto - o demônio que poderia estar por trás das ações de Wanda, e que, nesse episódio, esteja se disfarçando de seu irmão para poder controlá-la mais de perto, já que agora Visão está fugindo do “script”.

Em qualquer caso, não temos nenhuma confirmação de nada no mais recente episódio da série. No especial de Halloween, a cidade de Westview comemora a data com o tradicional “doces ou travessuras” das crianças - crianças estas que não existiam nos episódios passados, e que apareceram aos montes nesse (só pra adicionar mais um ponto na bizarrice que é Westview sob controle de Wanda). Peter é o típico irmão inconveniente, que é adorado pelos sobrinhos e detestado pelo cunhado, dorme até tarde no sofá e faz todas as vontades das crianças. Wanda ainda desconfia da presença dele, mas deixa acontecer. 

Pietro é provocador e sempre está apontando inconsistências nessa realidade alternativa de Wanda, mas é apenas com ele que ela se sente à vontade o suficiente para desabafar e falar sobre como as coisas foram ficar daquele jeito. Ela confessa que não se lembra, e que um dia sentiu-se sozinha e vazia, como se vagasse no nada - e então, acordou naquela realidade. Apesar de tudo que aconteceu em Westview, o luto de Wanda é profundo e a conecta com a audiência, que simpatiza com ela mesmo que ela seja a “vilã” da história.

Enquanto isso, o Visão faz uma investigação e percebe cada vez mais a estranheza com a qual seus vizinhos se comportam, e que as coisas ficam ainda mais esquisitas no limite da cidade, onde ele tem uma conversa reveladora com Agnes, onde ela revela que ele deveria estar, de fato, morto. Ele fica confuso mas promete que irá tentar ajudar os moradores de Westview. Tudo isso culmina nele tentando deixar o domo, sob o olhar atento da S.W.O.R.D - mas é impedido por Wanda, que é avisada por Billy (que dá indícios de ter poderes psíquicos, assim como a mãe). Para proteger sua fantasia, Wanda expande mais os limites da cidade e do domo, salvando Visão e transformando a base da S.W.O.R.D em um… circo.

As barracas viram lonas e os soldados, palhaços. E é por isso que eu gosto da Wanda, ela não perdoa, não tem dó e faz tudo com estilo. 

Monica Rambeau, Jimmy Woo e, infelizmente, o diretor Hayward conseguem escapar em um carro, para buscar ajuda. As coisas ficaram seríssimas agora, e tudo depende deles para voltar ao normal. Darcy Lewis ficou presa dentro de Westview, mas não sabemos qual será seu “personagem” no próximo episódio. Wanda, por sua vez, está mais do que nunca buscando vingança e vai fazer o que precisar para proteger sua família, e sua nova realidade.


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